Capacifar Araguari - 2º Módulo

No dia 29/01/2011 aconteceu no Auditório da UNIPAC Araguari (MG), o 2° módulo do CAPACIFAR Araguari. Ao todo, estiveram presentes mais de 100 participantes, entre estudantes e profissionais Farmacêuticos.


O instrutor desse módulo foi o farmacêutico Reinaldo de Moraes Júnior, especialista em Farmacologia, que ministrou a aula de “Farmacologia dos Antibióticos” & “Farmacologia de Hormônios e Anticoncepcionais”.



Como ocorre em todos os módulos, recebemos as doações de kits escolares (lápis de cor, cadernos, borrachas, apontadores, etc), que foram repassados à Associação do Câncer de Uberlândia (http://www.associacaodocancer.org.br/), os quais foram destinadas aos projetos sociais da Entidade. Neste módulo, tivemos a presença da Nutricionista da Associação, a qual recolheu as doações e intensificou o destino das mesmas.




Ainda no Evento, tivemos a honra de receber o chefe de fiscalização do CRF-MG na seção do Triângulo Mineiro, Sr. Alexandre Leal, o qual fez questão de acompanhar todo o curso. Os colegas Farmacêuticos tiveram a aportunidade de lhe conhecer e tirar dúvidas inerentes da profissão Farmacêutica. O comentário geral ficou por conta de sua simpatia!




Segundo Reinaldo, os "antimicrobianos são drogas que têm a capacidade de inibir o crescimento de microorganismos, indicadas, portanto, apenas para o tratamento de infecções microbianas sensíveis".

A indicação de um antimicrobiano está condicionada ao diagnóstico de uma infecção cuja etiologia seja sensível aos antimicrobianos. Infecções virais, por exemplo, não respondem ao tratamento com antimicrobianos. Febre não é sinônimo de infecção: doenças não-infecciosas como linfoma e colagenoses podem manifestar febre sem a presença de uma infecção. Anamnese e exame físico detalhados são usualmente suficientes para o diagnóstico clínico de um processo infeccioso. A história epidemiológica tem importância fundamental e muitas vezes define a etiologia.

Os antibióticos são classificados de acordo com a sua potência. Os antibióticos bactericidas destroem as bactérias, enquanto os antibióticos bacteriostáticos evitam apenas que aquelas se multipliquem e permitem que o organismo elimine as bactérias resistentes. Para a maioria das infecções, ambos os tipos de antibióticos parecem igualmente eficazes; porém, se o sistema imunitário está enfraquecido ou a pessoa tem uma infecção grave, como uma endocardite bacteriana ou uma meningite, um antibiótico bactericida costuma ser mais eficaz.



Dois importantes conceitos devem ser lembrados ao se considerar o uso dos antimicrobianos:
  1. Espectro de ação é o percentual de espécies sensíveis (número de espécies/ isolados sensíveis);
  2. Potência ou concentração inibitória mínima (MIC, MIC50, MIC90) é a concentração de antimicrobiano necessária para inibir o crescimento bacteriano, de forma que quanto menor o MIC, maior a potência e, quanto maior a potência, maior a dificuldade da bactéria em desenvolver resistência.


Já na segunda parte da aula, o prof. Reinaldo focou o conteúdo nos hormônios e métodos contraceptivos hormonais e de barreira. Reinaldo começou a aula abordando sobre a pílula anticoncepcional (como são popularmente conhecidos os contraceptivos orais). Segundo Reinaldo, as pílulas "possivelmente é o método de contracepção mais comum no mundo, onde calcula-se que nada menos que 90 milhões de mulheres no mundo todo façam uso da Pílula".

Os anticoncepcionais atuam evitando que ocorra a ovulação - liberação de óvulo pelos ovários, que se dá por volta do 14º dia do ciclo menstrual.




Com esse número de usuárias, não é de se espantar que os anticoncepcionais orais (ou, abreviando, ACOs), façam parte do seleto grupo de medicamentos mais exaustivamente pesquisados desde o seu surgimento, há cerca de 35 anos.

Apesar de nenhum método contraceptivo ser isento de riscos, estes tendem a ser mínimos e contrabalançados pelos benefícios. Um bom acompanhamento médico pode ajudar a reduzir os riscos em potenciais durante o uso.